quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Pra melhor!



Hoje sem planejar, me deparei com algumas fotos antigas, alguns textos antigos. Lembro muito bem dos momentos exatos, das horas que passava em frente ao computador tentando fazer montagens, lembro também dos textos, dos sentimentos que me levaram a escrevê-los. Sabe, o tempo realmente voa, mas eu não sou de esquecer fácil, sejam momentos ou pessoas. E sempre dizia a mim mesmo que não tinha mudado, a gente simplesmente vai vivendo e na maioria das vezes nem notamos que já crescemos, que a vida espera algo maior de nós.  Mas olhando essas mesmas fotos e lendo esses mesmos textos eu notei que as coisas mudam sim, e que eu também mudei. É impressionante o tanto de gente que passa pela nossa vida e a gente nem tem uma noção plena disso, às vezes aquela pessoa que foi tão importante pra você há dez anos, é a mesma pessoa que hoje você não lembra nem o nome, ou aquela pessoa que você apenas fala um oi e sorrir, um ato que parece ser muito mais por obrigação do que por prazer. Às vezes é injusto o que o tempo e a memória fazem com a gente, ou às vezes é o ato mais justo, o que nos faz seguir em frente mesmo sem percebermos.
 Até quando vai ser assim? Tem como não se apegar? São duas perguntas que passarei a vida sem saber a resposta. Eu sempre quis ser amigo, sempre soube ser amigo, mas ao longo do tempo o que eu mais via era às pessoas saírem da minha vida, de maneira sutil, mas indo embora... Algumas foram no momento que eu mais precisei, mas eu superei. Mas confesso que o medo ficou, embora eu ainda não saiba controlar a velocidade, por que eu sempre me atiro de vez, ficou o medo de sempre perder, sempre ter que seguir em frente.  Uma vez dói, a segunda magoa, a terceira a gente tenta entender o porquê, mas depois da quarta a gente apenas se acostuma, vai tentando aprender com a dor e ai a gente acaba usando aquele velho clichê.
Mudei, sem notar, sem perceber, se eu me olhar internamente eu ainda acho que sou aquela criança, cheio de sonhos e de certezas, mas basta aparecer um espelho, ao notar a barba já feita, eu entendo que embora a criança ainda esteja ali, o tempo passou, as coisas mudaram, a vida prosseguiu.
Eu só espero que os que hoje estão aqui, estejam também daqui a dez, vinte anos, e que ao olhar esse texto eu direi que as coisas continuam mudando, só que agora para melhor.

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